MPF obtém provas que podem derrubar Gilmar Mendes, que está com os dias contados

20 de dezembro de 2017 744

A insatisfação popular resultou em um abaixo-assinado que já conta com mais de 900 mil assinaturas.

Para um indivíduo se oficializar em algum cargo da Justiça, como, por exemplo, no Supremo Tribunal Federal (STF), ele deve deixar de lado todas as suas ideologias partidárias e políticas, pois a sua parcialidade ficaria abalada pelos seus ideais pessoais, podendo favorecer um partido ou outro.

 

Um magistrado que deixa dúvidas, desde que chegou ao poder no STF, no povo brasileiro quando o assunto é parcialidade é o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. Ele foi indicado pelo, na época, presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), no ano de 2002. Na ocasião, Gilmar teve que escolher entre atuar no cargo na Corte e manter sua militância.

Apesar de ter escolhido a primeira opção, a militância às vezes ganha a voz.

Quando foi convocado para assumir a cadeira no tribunal, Gilmar Mendes estava a caminho de uma filiação ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que iria o lançar candidato a ser governador do estado do Mato Grosso do Sul, e desistiu da candidatura e filiação para passar a ser membro da Corte.

 

Devido ao seu histórico de militância, a insatisfação em relação ao presidente é considerável e não são apenas falas sem atitudes, já que Gilmar já acumula dois pedidos de Impeachment e oito arguições de impedimento. Mendes detém do maior número de ações contra um ministro do STF na história do Brasil.

Recentemente, o ministro concedeu habeas corpus aos empresários Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira, acusados de corrupção no Rio de Janeiro.

Segundo o ex-procurador- geral da República Rodrigo Janot, Mendes possui vínculos pessoais com os empresários, o que o deixaria impedido de tomar uma posição em relação ao processo com a imparcialidade que um juiz deve sempre reter.

Após o episódio ocorrido, Janot abriu uma arguição de suspensão contra Gilmar, que recebeu a notificação de arguição e existe a possibilidade de ele responder por ela, coisa que nunca aconteceu em todos esses anos de Supremo. A insatisfação popular também é um problema na conta de Gilmar e o povo se uniu e realizou um abaixo-assinado com o objetivo de pedir o impeachment de gilmar mendes do cargo de presidente do TSE.

 

O abaixo assinado foi realizado por meio da plataforma change.org e o objetivo em relação à quantidade era de um milhão de assinaturas e até o momento foram registradas pouco mais de 906 mil assinaturas.

Foi feito um acordo da JBS, empresa envolvida em escândalo de pagamento de propinas a políticos brasileiros, que iria patrocinar o Instituto de Gilmar, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Nessa conta constam 7 milhões e meio de reais entre os anos de 2008 e 2016. A execução de tal acordo foi supervisionada pelo advogado e diretor jurídico do grupo comandado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista. Além disso, o assunto foi dado como ”confidencial”.