LULA QUER DISPUTAR ROLETA RUSSA APOSTANDO AS NOSSAS CABEÇAS.
O novo plano infalível do Lula não passa de uma imitação extemporânea do escracho dos jovens
Em coluna vespertina desta 4ª feira (6), Igor Gielow, repórter especial da Folha de S. Paulo, qualifica de "arriscado" o jogo de Lula para consolidar de vez a polarização com Jair Bolsonaro, o adversário que ele quer porque quer enfrentar no 2º turno da eleição presidencial.
Sua frase sobre pressionar deputados despachando militantes para a frente das respectivas residências, ao estilo dos escrachos contra ex-torturadores, é avaliado por Gielow como mais uma "enorme casca de banana" na qual o Lula faz questão de pisar, e que está vindo na sequência de outros "atos falhos":
"Ora é a regulação da mídia, ora é a incapacidade de crítica a ditaduras amigas. Mais recentemente, houve a crítica direta aos militares, dizendo que retiraria "quase 8.000" que estão na gestão do governo".
Com inteira razão, Gielow diz tratar-se de um tipo de provocação "que drena sua energia da mesma fonte obscura que move os golpismos bolsonaristas".
Vou além: trata-se de uma temeridade pueril ou de uma puerilidade temerária, que fica no mínimo bizarra partindo de um sexagenário. O Lula incita o que fatalmente causará enfrentamentos e os fanfarrões bolsonaristas reagem exibindo as armas com as quais prometem receber aqueles que os forem escrachar. Faz lembrar as batalhas de pastelões na cara das comédias de um século atrás.
Deputado bolsonarista encenando a farsa do valentão de gogó...
E é tudo de que a esquerda brasileira não precisa neste ano já radicalizado e que marcha para a fervura máxima no quarto trimestre.
Se Lula queria exibir o muque, por que não o fez pessoalmente, comparecendo à infinidade de manifestações #ForaBolsonaro das quais se omitiu, uma por uma?
E se o que quer é mostrar valentia retórica, por que não honra o compromisso assumido pelo Partido dos Trabalhadores em 10/02/1979, no seu manifesto de fundação ("O PT buscará conquistar a liberdade para que o povo possa construir uma sociedade igualitária, onde não haja explorados nem exploradores")?
Cadê o igualitarismo que estava ali? O oportunismo comeu?
Declarar-se favorável a uma sociedade sem explorados nem exploradores seria muito mais ousado do que insuflar brigas de torcidas organizadas. Mas, tanto quanto o Bozo, o Lula e o PT parecem propensos a substituir as propostas de governo por arranca-rabos e baixarias, talvez porque tanto um como outros nada tenham de novo e consequente para propor.
Fazendo uma campanha realmente de esquerda, mesmo que derrotados, acumularíamos forças para as batalhas subsequentes, porque a verdadeira guerra de quem quer transformar nossa sociedade injusta e desigual não acaba com a posse de um novo presidente, seja ele quem for.
Mas, se trocarmos os ideais pelas porradas e pelos insultos, uma eventual derrota equivalerá para nós a uma perda total e nada há de restar para continuarmos lutando no dia seguinte. (por Celso Lungaretti)
Postado por celsolungaretti
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