Lira diz ao STF que liberação de emendas teve aval do governo Lula

27 de dezembro de 2024 56

ofício enviado pela presidência da Câmara dos Deputados ao ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), argumenta que a liberação das emendas de comissão teve o aval do governo federal. Na madrugada desta sexta-feira (27/12), o órgão respondeu aos pedidos do magistrado na decisão que suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões da verba.

No documento, a Câmara reforça que o procedimento foi analisado por quatro ministérios, além da Casa Civil, vinculada à Presidência da República, que não constataram irregularidades.

“A questão foi analisada por quatro ministérios – Fazenda, Planejamento e Orçamento, Gestão e Inovação e Relações Institucionais –, bem como pela Advocacia-Geral da União e pela Secretaria Especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República. O procedimento adotado pelos líderes desta Casa foi considerado inteiramente legal e em conformidade com a decisão do Tribunal por todos esses órgãos”, frisa.

ofício também nega o que foi chamado de “manobra” na suspensão das comissões. Segundo os argumentos da Câmara, a decisão foi tomada para acelerar as votações pendentes. Por fim, pediu a revogação da decisão de Dino e a liberação dos R$ 4,2 bilhões em emendas.

Suspensão das emendas

Na última segunda-feira (23/12), o ministro Flávio Dino determinou suspensão imediata do pagamento de 5.449 emendas de comissão, o que afeta uma fatia de R$ 4,2 bilhões do orçamento da União. O magistrado considerou que o pagamento não poderia ser concretizado até que a Câmara apresentasse as atas das sessões das comissões permanentes.

Na decisão, o ministro cita o ofício enviado por 17 líderes partidários ao governo federal solicitando a liberação do pagamento de 5,4 mil emendas de comissão, sem identificação dos autores. Dino também determinou a abertura de investigação pela Polícia Federal para apurar suspeitas de irregularidades nos procedimentos.

 

Fonte: Daniela Santos Gabriel Buss