Jornalismo

9 de janeiro de 2020 390

 Achei injusta e infeliz a recente fala do nosso Presidente, relatada por Gustavo Uribe (Folha, 7/1): "Bolsonaro ataca jornalistas e os chama de raça em extinção".  Lembro que a origem do Jornalismo remonta à genialidade do alemão Johannes Gutenberg que, no séc. XV, utilizou a prensa móvel como primeiro recurso da escrita para divulgar fatos e idéias. O invento acabou influenciando os outros meios de comunicação de massa, que vierem depois: rádio, televisão, internet. E, até hoje, não há gente civilizada que não leia diariamente seu jornal para manter-se atualizado e refletir sobre a realidade que nos circunda.

            Chamar os jornalistas de desinformados e mentirosos é faltar com a verdade factual. As "fakenews" estão no mundo digital, onde os internautas dão vazão aos instintos mais baixos, escondendo-se no anonimato, e não na imprensa escrita, onde o que se afirma é assinado por articulistas, que podem ser incriminados, inclusive judicialmente, por mentiras, difamações, calúnias. Substituir o jornalismo em papel por informações eletrônicas, como quer nosso Presidente, além de um retrocesso absurdo, seria uma terrível desgraça para o nosso País, muito pior do que sua reeleição em 2022. E ninguém pode me acusar de suspeição, pois votei nele e não sou jornalista!

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Salvatore D' Onofrio
Dr. pela USP e Professor Titular pela UNESP
Autor do Dicionário de Cultura Básica (Publit)
Literatura Ocidental e Forma e Sentido do Texto Literário (Ática)
Pensar é preciso e Pesquisando (Editorama)
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