Hezbollah ataca Israel; EUA e Rússia tentam evitar escalada no Oriente Médio

O Hezbollah lançou uma bateria de drones contra Israel nesta terça-feira (6), ferindo cinco pessoas nas cidades do norte do país.
Os líderes do Hezbollah, que atua no Líbano, deixaram claro que esse é mais um ato de apoio aos palestinos na Faixa de Gaza. Ou seja, o ataque, segundo o grupo armado, não uma resposta direta à morte de um comandante do Hezbollah causada por um bombardeio israelense em Beirute, capital do Líbano, na semana passada.
Escalada no Oriente Médio
O ataque desta terça-feira amplia o risco de uma escalada regional dos conflitos no Oriente Médio, que poderia envolver uma guerra direta entre Israel e o Hezbollah. Também, em último caso, poderia envolver a República Islãmica do Irã, que é a principal potência militar da região.
O risco de um confronto militar direto entre Teerã e Tel Aviv cresceu após um ataque matar o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em território iraniano horas depois da posse do novo presidente do país, Masoud Pezeshkian. O Irã credita o ataque a Israel; já o governo israelense não nega nem confirma a autoria da morte.
EUA e Rússia
Uma guerra generalizada no Oriente Média acarretaria a desestabilização da já frágil ordem geopolítica que predomina na região. Além da morte de civis, o conflito causaria, também, uma ruptura nas cadeias globais da indústria petrolífera (produção e refinamento).
Os EUA, que não têm relações diplomáticas com o Irã, conclamou outros países, por canais diplomáticos, a dizerem a Teerã que a ampliação da violência na região não é do seu interesse. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse nesta terça-feira que a nação está “envolvida em intensa diplomacia, praticamente 24 horas por dia”.
Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu ao líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, uma resposta contida à suspeita de assassinato do líder do Hamas por Israel, alertando contra ataques a civis israelenses, disseram fontes iranianas.