HADDAD, O INIMIGO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA!
Dino estava na disputa com Haddad para saber quem seria o pior ministro do governo Lula 3, tendo ele ido para o STF, após lá abocanhar uma bocona, ficou ao Haddad o título inconteste de pior titular da Esplanada dos Ministérios. Agora, contudo, sabemos que ele não é apenas patético, mas também nefasto.
Em declaração hoje, 10/04, disse não haver espaço para o reajuste do funcionalismo público, pois o orçamento deste ano já estaria fechado. Ocorre que até o momento a categoria que mais tem pressionado pela recomposição salarial e, inclusive, está em greve é a da educação, com mais de 445 campi de Institutos Federais, centros tecnológicos e universidades tecnológicas paralisadas. O Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, onde atualmente trabalho, entrou em greve no dia 03 de abril, se juntando à greve nacional.
Nos últimos anos, o salário dos técnicos administrativos e dos docentes sofreram perdas imensas, passando de 50% no caso dos primeiros. Ou seja, enquanto a inflação aumentou galopante e o custo de vida atingiu índices gigantescos, o valor nominal pago aos servidores seguiu o mesmo, na prática achatando seus salários e levando não poucos a uma situação de penúria.
Daí terem sido comuns os relatos na Assembleia dos servidores do Colégio Pedro II em que se relatou a dificuldade em pagar aluguéis, transporte e mesmo alimentação. Alguns confessaram fazer bico de Uber para complementar a renda familiar, enquanto outros não esconderam a intenção de abandonar a carreira na educação em prol de outras mais atrativas. O resultado disso é a degradação dos serviços prestados no Colégio, um dos mais tradicionais do Brasil, com quase 190 anos de história. Faltam funcionários para serviços elementares e os que existem não dão conta de muitas demandas.
Por fim, o orçamento da educação vem sendo estraçalhado nos últimos 10 anos, desde pelo menos o finado governo Dilma 2, com cortes sucessivos que afetam investimentos, mas também o custeio das estruturas, a contratação de serviços terceirizados, reformas e a assistência estudantil. Assim, é comum encontrar nos campi Brasil afora prédios inacabados ou mesmo faculdades com salas interditadas, além de não raro aulas serem interrompidas por falta de limpeza dos banheiros e espaços gerais. Estudantes pobres muitas vezes precisam abandonar os estudos por falta de apoio financeiro.
Diante desse cenário, o futuro da educação brasileira é nebuloso. As redes estaduais e municipais já estão sucateadas e arruinadas há décadas, sofrendo com falta de professores, de funcionários, infraestrutura precária, etc. A rede federal, que ainda mantém um mínimo de atendimento com qualidade, pode sofrer o mesmo destino no médio e longo prazo, enterrando de vez a educação em nosso país.
Por isso, Haddad parece querer juntar ao seu currículo o epíteto de destruidor da educação pública, algo ainda mais desonroso para um professor e ex-ministro da Educação. Político medíocre, intelectual vazio, pelo menos dessa forma entrará para a história. (por David Coelho)
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