Foco na prioridade + Antigas lideranças + Melhor fornada + Melki, o único
Foco na prioridade
O que mais atrapalha as boas intenções dos governantes mais dedicados e dos oposicionistas mais dispostos a colaborar com boas medidas é a desunião nacional, que transforma até trivialidades em assuntos dramáticos, enquanto as prioridades ficam de lado. Quando se perde tempo com urnas e armas, já com legislações bem resolvidas, que até podem ser discutidas depois que o principal for resolvido, fica à margem a necessidade de reativar a economia, combater o desemprego, melhorar a gestão e destramar o cipoal tributário.
Se o paciente precisa de cirurgia não adianta aplicar esparadrapo. Nos EUA, o governo, o Congresso e a Justiça abriram caminho para a união nacional que resultou no entendimento no sentido de aplicar 1 trilhão de dólares em estradas, ferrovias e outras infraestruturas, além de outros 550 bilhões que no total vão compor um pacotaço de US$ 3,5 trilhões de dólares que se estende a combater a piora do clima e a prestar assistência domiciliar a idosos e crianças.
Para avançar até o entendimento houve um amplo debate, em que cada parte procurou entender os argumentos contrários e aparar arestas até chegar a um texto capaz de receber os votos necessários à aprovação. Não é uma questão de todo resolvida, mas caminha rapidamente por saber distinguir o que é prioridade do que é birra, briga e teimosias inúteis e paralisantes. Prioridade é mais dinheiro no bolso do brasileiro, que a pandemia esvaziou.
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Antigas lideranças
Antigas lideranças rondonienses estão voltando ao cenário político para as eleições do ano que vem. São casos do ex-deputado, ex-senador e ex-ministro da Previdência Amir Lando (Porto Velho), do ex-deputado federal Francisco Sales (Ariquemes), do ex-prefeito de Guajará Mirim Dedé de Melo, do ex-prefeito de Porto Velho Carlinhos Camurça, ex-deputado federal por Vilhena Natan Donadon, do ex-prefeito José Amauri (Jaru) entre tantos outros nomes que já estão correndo trecho em busca do pódio em 2022. Alguns com boas chances, outros nem tanto.
Melki, o único
Dos prefeitos rondonienses até hoje, apenas Melki Donadon foi prefeito em duas cidades diferentes em Rondônia. Administrou Colorado do Oeste e o sucesso da sua gestão na região da Serra do Touro lhe garantiu prestigio ao transferir seu domicilio eleitoral para Vilhena nos anos 80, onde cumpriu duas gestões e elegeu primo, esposa e outros parentes. Ernandes Amorim, prefeito de Ariquemes tentou conquistar a prefeitura de Porto Velho e não foi bem-sucedido. Lindomar Garçom, que foi prefeito de Candeias do Jamari tentou duas vezes a prefeitura da capital – e numa delas era favorito – mas não obteve sucesso.
Ascensão de Lula
Com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva já liderando a corrida presidencial para a eleição 2022, os petistas rondonienses estão entusiasmados e aguardando a janela das transferências em março do ano que vem que permite a troca-troca de partidos sem punições da justiça eleitoral. Por orientação do Diretório Nacional, o PT terá candidatura própria em Rondônia e dois nomes são cogitados: a ex-senadora Fatima Cleide e o atual dirigente Ramon Cujuí. Se for chapa puro sangue já que o PT não se entende por aqui com os demais partidos de esquerda, Fatima ao governo Cujui ao Senado.
Melhor fornada
Assim como foi na Assembleia Legislativa em 1982, elegendo sua melhor legislatura até hoje, onde vários deputados estaduais acabaram se tornando governadores e senadores, também tivemos uma excepcional fornada de prefeitos eleitos na década seguinte, fazendo história neste estado. Foram os casos dos alcaides Melki Donadon (Vilhena), Ernandes Amorim (Ariquemes), Valdir Raupp (Rolim de Moura), José Bianco (Ji-Paraná), Chiquilito Erse em Porto Velho, Divino Cardoso em Cacoal. Raupp e Bianco também foram governadores.
As dificuldades
Mais uma vez a esquerda rondoniense não está conseguindo se acertar e com isto poderá lançar possíveis candidaturas diferentes ao governo estadual no pleito 2022. O problema é que cada partido puxa a brasa para sua sardinha. O PT quer a primazia de lançar a cabeça de chapa ao governo do estado, o PC do B de Francisco Pantera idem, o PSOL de Pimenta de Rondônia também tem projeto solo. PSTU e outras siglas nanicas da esquerda sequer foram ouvidas até agora para composições. Mas pela eleição de Lulalá a Presidência, o PT pode sacrificar algumas cabeças de chapa nos estados em 2022.
Via Direta
*** Com a entrada do ex-prefeito Thiago Flores nas paradas, a peleja pelas cadeiras a Câmara dos Deputados vai ficar mais renhida no Vale do Jamari *** Na região central, o ex-prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires segue indefinido sobe as eleições de 2022. Ele aguarda clarear o cenário político para escolher sua alternativa *** No Cone Sul Rondoniense vem a destacada dobradinha de Evandro Padovani a Câmara dos Deputados com Luizinho Goebel a reeleição para Assembleia Legislativa *** Na Bacia Leiteira já se sabe que o atual prefeito de Ouro Preto do Oeste Alex Testoni poderá entrar na briga por uma cadeira ao Senado *** O ex-deputado federal Coronel Crisostomo (PSL-Porto Velho) está ampliando seus redutos para a região de Ariquemes na tentativa de garantir a reeleição no ano que vem.
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POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)
Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br