Flamengo vê limite com Maracanã e vai ampliar ofertas ao sócio-torcedor

O Flamengo sabe que não tem muita margem para crescimento do programa de sócio-torcedor se pensar apenas em meios de incentivo para encher o estádio. Como casa cheia virou regra, a estratégia do clube para ganhar mais dinheiro é atrair mais sócios com uma oferta maior de serviços e descontos associados aos planos.
O que aconteceu
O Flamengo, nessa relação com o consumidor, se enxerga como uma empresa que oferece serviços. Tem chip para celular, serviço de streaming, descontos em compra de bebidas, seguro viagem e até parceria com posto de gasolina.
O clube busca parceiros que façam parte do cotidiano do torcedor, não necessariamente ligados ao futebol. Mas um dos movimentos nos bastidores é com uma empresa grande, que mexe com o jeito de consumir o jogo.
Quando o Flamengo negocia algum patrocinador, inclui o valor correspondente ao percentual de descontos oferecidos aos sócios. Não é apenas uma negociação em busca de um montante fechado em troca da exposição da marca no uniforme.
O clube se vê batendo no teto do potencial de crescimento de receita nos programas que focam em dar preferência na compra de ingressos no Maracanã. Por isso, quer diversificar os benefícios.
A diretoria do Flamengo entende que o momento pede isso porque, com a futura liga às portas, as receitas que vêm diretamente do torcedor para o clube são decisivas. Ter essa base de dados a seu favor pode ser atraente para potenciais novos patrocinadores.
O risco da estagnação
Quando joga no Maracanã, o Fla coloca geralmente cerca de 55 mil ingressos à venda. O plano mais caro do sócio-torcedor, o Nação Diamante, assegura preferência de 2h de vantagem em relação aos demais planos.