Falência do fígado: Fruta popular como a maçã é proibida por decreto da ANVISA e alerta é dado

7 de março de 2025 112

E a ANVISA proibiu, sob decreto, uma fruta tão popular quanto a maçã, no Brasil, após a comprovação dos seus malefícios à saúde.

Além disso, um alerta internacional foi dado quanto a esse perigo iminente.

Trata-se do noni, fruto da árvore Morinda citrifolia, o qual já ganhou popularidade em diversas partes do mundo

A comercialização de produtos derivados do noni no Brasil é proibida devido a riscos comprovados à saúde, incluindo riscos de falência do fígado.

A ANVISA tomou a decisão, que vigora desde 2007, após estudos apontarem a toxicidade do noni e a falta de comprovação científica sobre sua segurança.

Sendo assim, baseada em estudos científicos divulgados pela UNICAMP, bem como o portal oficial da Vigilância Sanitária de Mato Grosso do Sul, a equipe do TV Foco traz tudo o que você precisa saber e os alertas.

Anvisa ligou o sinal de Alerta (Reprodução: Ascom)

ANVISA proibiu fruto após risco (Foto Reprodução/Internet)

O que é o noni e por que é popular?

O noni é uma fruta de origem asiática, comumente encontrada em regiões tropicais. De aparência ovalada e tamanho semelhante ao de uma batata inglesa, o fruto maduro tem uma cor amarelada ou esbranquiçada e um odor forte, semelhante ao de queijo.

  • O sabor desagradável do fruto leva à sua comercialização, em geral, na forma de sucos misturados com outras frutas, como uva ou açaí, para disfarçar o amargor.
  • Culturas do Sudeste Asiático e das Ilhas do Pacífico utilizam a fruta, que tem uma longa tradição como planta medicinal, para tratar desde dores de cabeça até problemas digestivos.
  • O clima tropical facilita o cultivo do noni no Brasil, onde agricultores e produtores o encontram principalmente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste.

Fruto de Noni (Foto Reprodução/Tua Saúde)

Fruto de Noni (Foto Reprodução/Tua Saúde)

Por que o noni foi proibido no Brasil?

No entanto, a ANVISA proibiu a comercialização de produtos contendo noni em maio de 2007, com base no Informe Técnico nº 25.

A agência identificou que os estudos sobre a fruta eram controversos e que havia relatos de hepatotoxicidade (toxicidade no fígado) em pessoas que consumiram o produto, o que levou à decisão.

O que pode facilmente evoluir para uma falência do fígado.

A agência afirmou que só permitiria a venda do noni no país após a obtenção de comprovação científica robusta sobre sua segurança.

De acordo com o artigo 56 do Decreto-Lei nº 986/69, produtos com finalidade terapêutica ou medicamentosa não são considerados alimentos no Brasil.

Embora as empresas comercializem o noni com alegações de benefícios à saúde, os órgãos reguladores exigem que ele passe por rigorosos testes de segurança e eficácia antes de liberá-lo para consumo.

Até o momento, esses requisitos não foram atendidos.

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Um alerta internacional

A proibição do noni no Brasil não é um caso isolado…

Em 2004, a FDA (órgão dos Estados Unidos) emitiu uma carta de alerta à empresa Flora, Inc., por propagar informações enganosas sobre suco de noni.

A FDA ressaltou que não há aprovação para o uso terapêutico da fruta no país.

A União Europeia registra o suco de noni apenas como suplemento alimentar e proíbe qualquer propaganda que associe a fruta a benefícios medicinais.

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FDA é a agência fiscalizadora no Estados Unidos (Foto:Reprodução/FDA)

Um comitê científico europeu concluiu que os supostos benefícios do noni não são superiores aos de outros sucos de frutas.

Quais são os demais riscos que podemos correr com o consumo de Noni?

Além da falência hepática, o consumo de Noni pode causar:

  • Problemas ósseos: Pesquisas indicam que o noni pode interferir na saúde dos ossos, especialmente em pessoas com predisposição a doenças como osteoporose.
  • Riscos para gestantes: Além disso, o consumo de noni na gravidez pode prejudicar a mãe e o feto, mas os estudos ainda estão em andamento.

De acordo com João Ernesto Carvalho, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp:

“Há mais estudos que confirmam a toxicidade do noni do que os que negam. Quando existe um impasse como esse, a ANVISA não pode liberar.”

Conclusão

Em suma, a legislação brasileira mantém a proibição da comercialização do noni, enquanto outras partes do mundo continuam a consumi-lo.

Sendo assim, a ANVISA mantém o alerta sobre os riscos à saúde associados à fruta, especialmente os danos ao fígado.

Por fim, até que novos estudos comprovem a segurança do noni, a recomendação é evitar seu consumo e optar por alternativas comprovadamente seguras e benéficas à saúde.

Mas, para saber sobre outras informações da ANVISA, clique aqui*

Fonte: Por: Lennita Lee