Ex-diretor de futebol do Fla revela mágoa com Bandeira de Mello e afirma: “Entende pouco de futebol”

O último título de expressão do Flamengo foi em 2013, quando venceu a Copa do Brasil daquele ano. O que poucos se recordam, é que ao ser contratado em dezembro de 2012, o então diretor de futebol do clube, Paulo Pelaipe, prometeu vencer um título de expressão em sua primeira temporada à frente do clube, mesmo que a ordem na época fosse de reduzir a folha salário do Fla de R$ 11 milhões para R$ 3 milhões, segundo próprio dirigente. Com isso, Pelaipe dispensou vários atletas com salários altos, como foi o caso de Liedson, Alex Silva, Ibson, Vagner Love, entre outros.
O atual executivo vascaíno participou do programa No Ar, no Esporte Interativo, e falou sobre vários assuntos, entre eles, comentou sobre sua época de Mengão. Ao ser questionado pelo apresentador André Henning sobre o que achava do atual Presidente Eduardo Bandeira de Mello, Paulo foi sucinto: “Foi o Presidente que, junto com o grupo de vice-presidentes, iniciou uma grande transformação no Flamengo“.
No entanto, André ainda questionou o diretor de futebol se havia resquícios de mágoa com Bandeira de Mello. O mandatário não se esquivou e afirmou que sim, devido a forma como ele saiu do Mengo, sabendo de sua demissão pela imprensa e, ao ligar para o presidente e para os vices, não fora sequer atendido.
— Pela forma que saí, ficou (mágoa). Não agiram como deveriam ter agido, pois fiquei sabendo pela imprensa que eu tinha saído. Acredito que deveria ter tido uma decisão mais reta e ter sido comunicado. O Presidente não atendia o telefone e alguns vices também não. Não foi uma maneira correta de tirar uma pessoa que havia trabalhado com tanta lealdade e dado um título para eles. Até porque alguns sequer conheciam de futebol quando eu cheguei para trabalhar no clube —, falou o executivo.
O apresentador aproveitou o momento para perguntar sobre um assunto que muito se fala entre os torcedores: o conhecimento de Eduardo Bandeia sobre futebol. Paulo Pelaipe foi sincero ao ser indagado do tema e afirmou que, apesar de ser um bom gestor, o presidente entende pouco do assunto.
— Entende pouco (de futebol). Como gestor, é um bom gestor, mas no futebol ele tem muito para aprender ainda. Nunca interferiu (nas decisões), porque estava aprendendo conosco —, concluiu Pelaipe.