EU SOU O MESTRE DO MEU DESTINO, EU SOU O COMANDANTE DA MINHA ALMA.

18 de julho de 2023 172

Nelson Mandela não aparece na galeria dos personagens inspiradores deste blog por acaso: admiro-o profundamente.

Mandela estava certíssimo ao pegar em armas contra a dominação dos africâneres e o brutal  apartheid dela decorrente, permaneceu preso por 27 anos como consequência de seus ideais, mas teve a lucidez política de reciclar-se para atingir seu objetivo de maneira diferente, noutro contexto.

Quanta diferença em relação ao Lula, que esbanja elogios ao Mandela mas permanece com a cabeça firmemente enraizada no passado, insistindo, p. ex., em exumar o totalmente anacrônico nacional-desenvolvimento de meados dos anos 50!

Lula, que passou apenas 1 ano e 7 meses preso, não se livrou até agora dos rancores então acumulados, a ponto de ter várias vezes demonstrado, inclusive em pleno Governo Bozo, que preferia vingar-se do já debilitado Sergio Moro do que minar a autoridade do genocida hidrófobo.

Assisti a vários filmes sobre o Mandela e considero que o melhor, disparado, é Invictus, de 2009, por ser, dentre todos, o que tem o melhor diretor (Clint Eastwood), o melhor roteiro (de Anthony Peckham e John Carlin) e o melhor ator principal (Morgan Freeman, superlativo!).

Freeman (esq.) conheceu Mandela (dir.) e diz tê-lo admirado mais do que ao próprio Papa.
Infelizmente o Youtube não permite que ele seja postado na nossa tradicional janelinha, pois o disponibilizou apenas para compra. Também é encontrado em vários streamings e quem sabe lidar com torrents pode baixá-lo clicando aqui.

A ideia de escrever este post me veio ao encontrar a poesia que o Mandela do filme diz ter-lhe dado forças nos piores momentos de seu calvário: é de William Ernest Henley, escrita em 1875. 

Tem tudo a ver com a trajetória dos que dedicam suas vidas ao bom combate, daí eu estar reproduzindo-a abaixo. (por Celso Lungaretti).

INVICTUS

Nas noites que me encobrem,

negras como um poço, de ponta a ponta,

eu agradeço a um deus qualquer

pela minha alma inconquistável. 

Das garras impiedosas das circunstâncias

não recuei nem chorei.

Sob os golpes do destino,

minha cabeça sangra mas não se curva.

Além deste lugar de ódio e lágrimas,

há apenas o horror das sombras.

Entretanto, a ameaça dos anos

ne encontra, e me encontrará, destemido.

Não importa quão estreito o caminho,

quão cheia de punições a minha sina,

eu sou o mestre do meu destino,

eu sou o comandante da minha alma.

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Fonte: CELSO LUNGARETTI
A VISÃO DEMOCRÁTICA (POR CELSO LUNGARETTI )