Descoberta envolvendo Raquel Dodge arma ‘guerra’ e levanta suspeita na PF

1 de março de 2018 427

A procuradora-geral da República Raquel Dodge e a Polícia Federal  estão em clima de tensão deste esta terça-feira, 27 de fevereiro. Acontece é que Dodge negou requisitar ao Supremo Tribunal Federal(STF), contrariando um pedido feito por delegados da Polícia Federal sobre a quebra de sigilo bancário e fiscal que poderá comprometer o presidente da República, Michel Temer. Dodge negou requisitar ao STF o pedido feito pelos investigadores.

 

Segundo descobertas do portal ”O Globo” no ano passado, a chefe do Ministério Público Federal (MPF) autorizou a quebra de sigilo de outros investigados no caso dos portos. O ex-assessor de Temer, Rodrigo Rocha Loures e o coronel da Polícia Militar, João Baptista, Lima tiveram a quebra de sigilo decretada, menos o presidente da República.

Os investigados são acusados de terem recebido propina no nome de Michel Temer.

 

O delegado responsável pela investigação que compromete Temer, Cleyber Malta Lopes, protocolou no Supremo um ofício explicando a necessidade de averiguar dados bancários do presidente devido à denúncia. No entanto, o ministro do STF, Luiz Roberto Barroso, requisitou a manifestação de Raquel Dodge e o pedido ficou ”preso” na Procuradoria. Apenas nesta última sexta-feira, 23 de fevereiro, é que a procuradora avaliou que não seria necessário constranger Michel Temer, contrariando totalmente o pedido feito pelos investigadores da PF.

 

O andamento do processo na Procuradoria demorou cerca de 2 meses, o delegado Cleyber pediu para o Supremo que prorrogassem o prazo para mais 60 dias devido a tanta demora.

O delegado afirmou que seria preciso averiguar, e que as providências a serem tomadas são imprescindíveis para o decorrer da operação, enfatizando a necessidade de quebra de sigilo de Temer.

Na última segunda-feira, Dodge se manisfestou sobre o inquérito do portos concedendo a favor da prorrogação.

 

Ao que tudo indica, a procuradora deu o ”braço a torcer”, enfatizando que serão analisadas novas diligências apresentadas para o decorrer da ação. A posição de Dodge no inquérito que investiga Temer é retardatária, as decisões da Procuradoria levam tempo para serem tomadas e ela mostra que está sempre chegando ”atrasada”

Dodge também enviou um pedido ao Supremo para que o diretor-geral da PF, Fernando Segovia, se abstenha de praticar qualquer ação que possa comprometer o inquérito de Temer, como dar declarações que implicam o processo.