CRISE DA UCRÂNIA : “JAIR BLSONARO VAI À GUERRA...”

15 de fevereiro de 2022 414

Desprezando completamente os mais veementes pedidos da Embaixada Americana, e de algumas Potências Europeias Ocidentais, o Presidente brasileiro Jair Bolsonaro embarcou para a Rússia, em pleno cerco estratégico que esse País realiza na Ucrânia, em meio as ameaças de invasão, e eminente conflito militar com a toda poderosa OTAN – Aliança do Tratado do Atlântico Norte, para tanto, alegando ser o Brasil um País soberano, e que tem de negociar com os russos fertilizantes e carne brasileira, naquele importante mercado, muito embora, suavizando seu discurso, que, quanto a Crise da Ucrânia, o que ele pode fazer é torcer pela paz.

Dono da única frota de Helicópteros de Ataque Anti-tanque, disponíveis na América do Sul, o MI35, russos, afora a Venezuela Bolivariana de quem a Rússia é  aliada, dentre o conceito da Blitizkie alemão, utilizada por Hitler, já na Segunda Guerra Mundial, quando invadiu a Rússia, justamente, de olho no Petróleo, Mineiro e Trigo da rica Ucrânia, bem como acesso ao Mar Mediterrâneo, via estreito de Bósforo, a FAB – Força Aérea Brasileira acaba de anunciar que os desativará, menos de dez anos após a sua compra, alegando para tanto, altos custos de manutenção, parecendo-nos, no entanto, decisão muito mais geopolítica, ideológica, do que técnica, como bem costuma proceder Bolsonaro, ao demonizar a China e endeusar o Tio San.

Aliado incondicional ao Governo Trump, desde os seus primeiros dias de Governo, para quem fez varias concessões, a Base de Alcântara entre elas, e rifou a Embraer, sem muito sensibiliza-lo, Bolsonaro cometeu o erro crasso, minimizando seu papel, de ignorar os BRIC`s, a pseudo união Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e China, como ferramenta para compor interesses, se não unanimes, mais justificáveis, embora cada pais os possua em particular, mas, essenciais para contrabalancear a hegemonia dos EUA, e da Aliança Militar do Ocidente, a Otan, que só fez avançar acordos rumo aos Montes Urais, na Rússia, desde a queda da URSS, em 91, ameaçando a própria segurança de Moscou, incorporando, passo-a-passo, cada uma das Ex-repúblicas Soviéticas, também Polônia, Tchecoslováquia e outras áreas de influência russas, colidindo, agora, com o súbito sinal de alerta acionado por Putim, de que não admitirá, talvez com razão, a incorporação  da Ucrânia, oportunidade em que Bolsonaro parece estar correndo atrás do tempo perdido, e de certo protagonismo internacional, que o tire do ostracismo, desde que Biden derrotou Trump, nas polemicas urnas americanas.

Crise que se equipara a dos Misseis, em Cuba da Década de Sessenta, que quase pôs em combate as duas Nações Atômicas, quando os EUA assistiram a URSS instalar misseis em Cuba, guardadas as proporções, o dilema é o mesmo, quando a Otan tenta cooptar a Ucrânia, diante do silêncio retumbante da China, que, assentadinha, acompanha o lance, de olho em Taiwan, na Ásia, onde pretende fazer o mesmo, o que a torna, nas catacumbas atômicas do Mundo, um aliado natural, e superforte, de Moscou.

Quanto ao Bolsonaro, que viu a irmã Argentina sair na frente, fazer um acordo com a China, apertar a mão de Putim, entrar na Rota da Seda, que será o maior Tratado Econômico do Mundo, junto a China e Rússia, no Indo pacifico, e voltar, a tal título, com o carrinho de compras cheio, com pelo menos 23 bilhões de dólares em investimento chinês, não passa de ator, no máximo coadjuvante, ou simples plateia solitária que a tudo assistirá, mas nada vê...

Fonte: Por : Pettersen Filho
O GRITO DO CIDADÃO (ANTUÉRPIO PETTERSEN FILHO)

ANTUÉRPIO PETTERSEN FILHO, MEMBRO DA IWA – INTERNATIONAL WRITERS AND ARTISTS ASSOCIATION É ADVOGADO MILITANTE E COLABORADOR DO SITE QUENOTÍCIAS, É ASSESSOR JURÍDICO DA ABDIC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DEFESA DO INDIVÍDUO E DA CIDADANIA, QUE ORA ESCREVE NA QUALIDADE DE EDITOR DO PERIÓDICO ELETRÔNICO “ JORNAL GRITO CIDADÃO”, SENDO A ATUAL CRÔNICA SUA MERA OPINIÃO PESSOAL, NÃO SIGNIFICANDO NECESSARIAMENTE A POSIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO, NEM DO ADVOGADO.