Covid-19: cobertura vacinal precisa chegar aos lugares mais distantes do Brasil, defende Mariana Carvalho

Em audiência pública realizada nesta semana na Câmara dos Deputados, a Deputada Federal Mariana Carvalho defendeu que o Brasil garanta o acesso às vacinas contra a Covid-19 a todos os brasileiros, inclusive os que vivem em regiões mais distantes, logo que sejam comprovadas a eficácia e segurança das que estão sendo testadas no País.
Mariana falou de sua preocupação com as populações ribeirinhas e indígenas da Amazônia. “Em meu estado, Rondônia, temos comunidades que vivem distantes dos grandes centros. Nossos ribeirinhos, por exemplo, precisam ter a garantia de que a imunização chegará para eles logo que as vacinas sejam aprovadas e comecem a ser aplicadas na população”, destacou.
De acordo com a parlamentar, esse é o momento para que o País faça o planejamento necessário no sentido de garantir o acesso universal aos novos imunizantes. No Brasil, estão em testes as vacinas de Oxford (Inglaterra), da BioNtech (Alemanha), Sinovac (China) e Janssen Cilag (Bélgica). O País também estuda 15 diferentes protocolos por meio de programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
COVAX FACILITY
Durante a audiência pública, os parlamentares discutiram sobre a adesão do Brasil ao Instrumento de Acesso Global de Vacinas Covid-19. O acordo com o chamado Covax Facility é uma coalizão de 168 países para garantir vacina contra o novo Coronavírus. Juntos os países estão destinando R$ 2,5 bilhões para a iniciativa.
A meta do grupo internacional é ter 2 bilhões de doses de vacinas até o final de 2021. A recomendação é imunizar entre 10% e 50% da população de cada país. O Brasil está trabalhando com um percentual de 10%, o que corresponderia a 42 milhões de doses, na hipótese de a vacina escolhida ser aplicada em duas doses. O secretário Elcio Franco detalhou qual seria a parcela da população a ser imunizada com essas doses: idosos com mais de 80 anos, pessoas com morbidades e trabalhadores da saúde.
O ingresso na Covax Facility prevê o pagamento de mais R$ 1,7 bilhão caso o Brasil escolha uma das vacinas do consórcio. Os representantes do Ministério da Saúde reiteraram que a adesão ao grupo não impede o estabelecimento de outros acordos para a compra e a produção de vacinas.
Para Mariana, que é relatora da MP da Vacina (MP 994) – que destina R$ 2 bilhões para a parceria Fiocruz, para viabilizar a produção da vacina de Oxford -, é importante que o Brasil esteja atuando em diversas frentes e se preparando para ter acesso ao maior número de vacinas possíveis.
“Estamos falando de uma população de um país continental. São mais de 200 milhões de habitantes. Portanto, nosso trabalho e expectativa é para que o maior número de vacinas seja aprovado, tenham segurança e sejam eficazes, e que a nossa população tenha acesso a elas. Por isso apoiamos o trabalho de todos os laboratórios sérios que trabalham nesse sentido”, reiterou.