CONFÚCIO MOURA O OURO DE TOLO DE RONDÔNIA

28 de março de 2018 1221

Na idade média, “ouro de tolo” era o nome que se dava às falsas promessas dos alquimistas, sob a forma de uma receita mística que promoveria a transmutação de chumbo em ouro. A eficácia da receita nunca foi comprovada, mas pode-se dizer que no Brasil, em pleno século XXI, os experimentos continuam em curso.

No último mês ingressou na esfera pública ampla discussão a respeito da possibilidade de Confúcio Moura (MDB) ser candidato ao Senado Federal em 2018, porém os últimos acontecimentos havidos no círculo político envolvendo escutas clandestinas, desgaste do governo com a greve na educação o escândalo da ponte em Ji-Paraná e o pagamento de 30 milhões que para o MP e TCE foi feito indevidamente. A “regra de ouro” pelo Governo do Estado. Pois bem, seria isso verdade ou simples alquimia?

A fim de nivelar o debate político na eleição 2018, cabe inicialmente esclarecer que Confúcio ainda está indeciso quanto sua saída do governo: 1- Confúcio ao longo de sua vida pública a cada eleição, adota a mesma estratégia nunca define se é ou não candidato tudo isso para impressionar seus seguidores e admiradores, se faz de vítima, para assim ajuntar ao seu redor os financiadores de sua campanha, nos dias de hoje diremos que é um verdadeiro jogo de marketing. 2-  Agora mais uma vez Confúcio se coloca como o verdadeiro ouro de tolo da política rondoniana, só que com um parâmetro diferente, dentro dos percalços que teve em sua administração, com denúncias e condução coercitiva para prestar esclarecimentos na Policia Federal no caso da Operação Termopilas após delação do ex-secretário adjunto da Saúde o Batista.

 Nesse ponto Confúcio o vendedor de ilusão não irá antecipar sua ida para a cadeia, assim sendo deverá permanecer efetivamente no governo.   No contexto da proposta política onde todas as decisões depende unicamente da Justiça Confúcio não cairá no ouro de tolo, mesmo sendo ele o maior ilusionista de Rondônia, não arriscará uma saída do governo, para se aventurar a uma candidatura que poderá não acontecer por uma intercedência da justiça.   Significa dizer que a candidatura só será viável se a Justiça dê o aval.

Ocorre que essa explicação também embute uma confissão velada: ao propor sua candidatura Confúcio passa por uma pressão de aliados pela manutenção de seus cargos no governo, fator que não deverá acontecer com Daniel no poder. Tanto a lógica como a aritmética tornam essa conclusão incontornável, a despeito de eventuais justificativas políticas.

Na prática, é como se, por um fenômeno alquímico, houvesse a transmutação das fontes: excluindo-se a operação circular de que Confúcio seria liquidado pelo povo no voto e outro aspecto e que Confúcio teria contra si, a exposição de um péssimo governo.