COM 50 MILHÕES GARANTIDOS PARA DAR INÍCIO À OBRA, PREFEITURA ANUNCIA O PRONTO SOCORRO MUNICIPAL

1 de novembro de 2023 127

Prestes a completar 110 anos  – será em 2 de outubro do ano que vem – Porto Velho recebeu esta semana uma das notícias mais importantes dos últimos tempos. Já com 50 milhões de reais destinados (20 milhões pela então deputada federal Mariana Carvalho e mais 30 milhões que o serão por seu irmão, o atual deputado e coordenador da bancada federal, Maurício Carvalho), a Prefeitura de Porto Velho terá os recursos para dar início à uma obra história: seu Hospital de Pronto Socorro. As estatísticas negativas e históricas da maior cidade dos rondonienses apontam que somos a única Capital brasileira que não tem seu hospital próprio. Até nosso vizinho Rio Branco, capital do Acre, tem seu hospital municipal, agora ampliado para mais de 120 leitos, enquanto por aqui ainda dependemos do sempre superlotado João Paulo II, que é estadual. Com a construção do Heuro, que está momentaneamente paralisada, mas deve ficar pronta nos próximos dois anos, nossa Capital teria dois pronto socorros, um estadual e outro municipal. Pode até ter três, caso o João Paulo seja mantido com essa função. A construção do Pronto Socorro Municipal foi decidida há algum tempo, mas o prefeito Hildon Chaves só vai fazer o anúncio oficial em meados deste mês de novembro, num encontro com a imprensa no local onde o prédio será erguido, ao lado a Maternidade Municipal.

Não há ainda maiores detalhes sobre a futura obra, até porque alguns dos aspectos ainda estão em fase final de estudos. O que se sabe é que o Hospital será proporcional às necessidades de uma cidade como Porto Velho, terá equipamentos modernos e vai acabar, de vez, com a pecha que carrega, de ser a única Capital do país sem um hospital municipal. Depois da nova Rodoviária de dois andares; depois de 700 quilômetros de asfalto, junto com um pacote de obras que mudou a cara da cidade que comanda, Hildon Chaves quer também entrar para a História como o Prefeito que tirou Porto Velho dessa sina negativa de não ter como atender, em nível municipal, o seu povo. Mas vem mais por aí. Em breve, a Prefeitura da Capital vai anunciar a construção do seu Centro Administrativo, próximo à área do Espaço Alternativo. As notícias do que virá são boas para os porto-velhenses! O que está faltando ainda é bater o martelo para as Parcerias Público-Privadas, para obras de saneamento básico na cidade. A implantação do sistema de tratamento de esgoto, perto do zero e da ampliação da rede de água, já que apenas 30 por cento da cidade é atendida atualmente, precisam fazer parte deste pacote. Estamos ainda distantes, mas estamos no caminho!

PAU DE BALSA, UMA PLANTA REVOLUCIONÁRIA QUE PODE SUBSTITUIR O MERCÚRIO NA SEPARAÇÃO DO OURO NOS GARIMPOS

Um grande inimigo da natureza pode ser substituído definitivamente. Não em poucos dias e nem meses, mas num futuro próximo. Maior adversário do meio ambiente, embora hoje esteja sendo usado por garimpeiros autorizados com muito mais cuidado e reaproveitamento, praticamente sem ser jogado na natureza, o mercúrio pode sumir das balsas e dragas, principalmente dos garimpos das bacias de exploração de ouro do Rio Madeira e do Tapajós, onde ele é encontrado com mais facilidade. Um estudo realizado também na Unir, em Porto Velho e liderado pelo professor Wanderley Bastos, do departamento de biologia, está em fase adiantada, para a utilização de uma planta da Amazônia, que tem uma essência que consegue separar o ouro dos demais segmentos retirados do fundo do rio. Parece ficção, mas é a mais pura Ciência. Num projeto em parceria, entre outras instituições, com a Universidade Estadual do Amazonas; com recursos que podem chegar a 1 milhão de reais da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas, Tecnológicas e de Pesquisa (Fapero) e apoio total da Cooperativa dos Garimpeiros do Rio Madeira (Coogarima), entre várias outras instituições e entidades, os resultados práticos e positivos já foram obtidos em laboratório. Ou seja, o extrato da planta chamada de Ochroma Pyramidale ou pau de balsa, tem um extrato que separa o que se chama de fagulhas de ouro (ou seja, o pó do ouro) dos detritos que vêm com o mineral do fundo do rio. Até agora, com alguns meses de pesquisa, já houve resultados práticos importantes, em que a essência da planta (chamada de Pau de Balsa, porque é leve e usada nas balsas e dragas, para flutuação) já houve vários resultados muito positivos. Obviamente, haverá ainda um longo caminho a percorrer na pesquisa, mas se ela continuar sendo positiva, o Pau de Balsa pode significar uma verdadeira revolução, absolutamente inovadora dentro das questões ambientais, para todo o garimpo do ouro em pó, em qualquer região do Planeta.

O mais rico ecossistema do Planeta, com maior diversidade de plantas, animais e peixes, a Amazônia tem, em si mesma, muitas respostas para perguntas que ainda são feitas. Na questão ambiental, a planta Pau de Balsa, descoberta por acaso por uma comunidade tradicional da região de Chicó, na Colômbia, pode mudar tudo em relação à exploração dos garimpos de ouro em pó, em toda a região no Brasil e em outros países, onde as jazidas não são de ouro em pepita. O professor Wanderley, do alto da sua experiência de 40 anos como biólogo, está otimista. Todos os que estão no entorno do seu projeto, também. O resultado final pode ser mais uma espécie de milagre, vindo da milagrosa Amazônia, esta região tão rica do Planeta e, por isso, tão cobiçada por tantos países!.

Fonte: SÉRGIO PIRES
OPINIÃO DE PRIMEIRA (SERGIO PIRES)

Colaborador do www.quenoticias.com.br: Sérgio Pires, experiente jornalista e que escreve a coluna OPINIÃO DE PRIMEIRA no jornal Estadão do Norte. Atua também na TV Candelária, onde apresenta aos sábados o programa Candelária em Debate e diariamente o "PAPO DE REDAÇÃO" na rádio Parecis FM. Contato através e-mail: ibanezpvh@yahoo.com.br / celular: 81 24 24 24