Ciência brasileira + Mar de indefinições em Rondônia + Poder feminino + Rosani x Padovani
Ciência brasileira
Se em tempos de graves crises, como escreveu Dante, as piores chamas do inferno estão reservadas aos omissos, é nelas que os políticos e cientistas encontram um caminho seguro para entrar na história ou ser atropelados por ela. Quem consegue unir suas comunidades, como fizeram na antiguidade Moisés e na era moderna Churchill, entra para sempre na história. Os cientistas que diante de grandes dificuldades encontraram as melhores soluções conseguiram a imortalidade, como Albert Sabin, que venceu a Guerra Fria ao conciliar pesquisas feitas nos EUA e na antiga União Soviética até chegar à melhor vacina contra a pólio.
A política pode ser melhor com o maior grau de informação do público sobre as ações sábias ou malucas de seus governantes para escolher bem nas próximas eleições. E a ciência pode ser mais rápida por conta das inovações tecnológicas. Não há, portanto, razão para duvidar da capacidade humana de vencer desafios e desenvolver a sociedade no rumo da vida e da prosperidade, arrancando-a da perspectiva de extinção por guerras insanas, doenças pertinazes e clima descontrolado.
Cientistas brasileiros criaram na USP um catalisador capaz de prender e transformar o ameaçador dióxido de carbono (CO²) em produtos úteis, como plásticos e combustíveis. Não é uma autorização para continuar envenenando o mundo, mas uma opção promissora para mitigar um grande perigo.
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Mar de indefinições
Mesmo com o final do prazo concedido para o troca-troca de partidos e permitido pela chamada janela partidária e o encerramento da desincompatibilização daqueles que pretendem disputar cargos eletivos nas eleições deste ano, temos ainda um mar de indefinições quanto ao panorama sucessório em Rondônia. Certo mesmo é o projeto de reeleição do governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho). As outras candidaturas estão em fase de fusões e a coisa pode se arrastar até as convenções do meio do ano. Marcos Rogerio conversa com Leo Mores, Anselmo de Jesus com o PSB e Solidariedade de Daniel Pereira que assumiu a candidatura ao governo do estado.
Onda bolsonarista
O estado de Rondônia vivenciou uma onda bolsonarista na recente mudança de legendas e os partidos de sustentação ao presidente Jair Bolsonaro, como o PL, PP e Progressistas que foram mais vitaminados por filiações de postulantes a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados. Também o partido considerado ainda meio bolsonarista, o União Brasil bamburrou novos quadros. O mesmo não ocorreu com o PT, já que se esperava muitas filiações ao partido doe ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva que lidera a corrida presidencial. Só a volta de alguns filhos pródigos e ainda do baixo clero da política rondoniense.
Poder feminino
O ano é de muitas candidaturas femininas. Além do projeto de reeleição da deputada federal ou ao Senado de Mariana Carvalho (Porto Velho), que estava abandonando o PSDB, tem a candidatura à reeleição da deputada federal Silvia Cristina (PL-Ji-Paraná), da ex-prefeita Rosária Helena (União Brasil-Ouro Preto do Oeste), enquanto a deputada federal Jaqueline Cassol (PP-Cacoal) está optando por uma disputa ao Senado da República e agora Rosani Donadon (Vilhena) na peleja a Câmara dos Deputados. Na capital temos a ex-senadora Fátima Cleide (PT) na disputa pela Câmara, Yeda Chaves (Porto Velho) a Assembleia Legislativa e no interior a ex-prefeita e ex-deputada estadual Glaucioni Nery (Cacoal)
A configuração
Na configuração das chapas montadas à Câmara Federal, disputando oito cadeiras, larga na frente em Rondônia o União Brasil, do governador Marcos Rocha. Não bastasse, este tem ainda os partidos satélites de apoio da sua aliança, e igualmente bolsonaristas como o Progressistas, o PP e o PL. Com o pix e o punhal da traição rolando adoidado, nas minhas contas o bolsonarismo (espalhado em três partidos) tem condições de levar até cinco cadeiras, ficando neste caso apenas 3 para a oposição. Sempre lembrando que a conta no papel é uma e nas urnas pode ser bem outra, já que invariavelmente temos surpresas no pedaço. E muitos favoritos ficam pelo caminho.
Rosani x Padovani
Na primeira vitória contra os governistas de Rondônia em cima dos bolsonaristas adversários, o senador Marcos Rogério (PL) afirma que obteve a filiação da ex-prefeita Rosani Donadon (Vilhena) para disputar uma cadeira a Câmara dos deputados pelo PSD do aliado Expedito Neto que precisava reforçar a nominata do partido. O PSD ficou mais competitivo e Rosangela vai enfrentar parada dura no Cone Sul, com o ex-secretário da Agricultura Evandro Padovani (União Brasil), cotado para ser um dos mais votados na temporada ao meio do agronegócio.
Via Direta
*** Rondônia na história: nas primeiras eleições do novo estado, em1982, ainda não teve a escolha do primeiro governador, adiada para 1986 *** Então naquela data foram eleitos três senadores, oito deputados federais e 24 estaduais. Ao Senado, Odacir Soares (PDS- Porto Velho), Claudionor Roriz (PDS-Ji-Paraná) e Galvão Modesto (PDS - Ouro Preto do Oeste) *** Os mais votados a Câmara dos Deputados foram Mucio Athayde (MDB-Porto Velho) e Chiquilito Erse (PDS-Porto Velho) *** Os astros da peleja a Assembleia Legislativa, foram os recordista de votos naquela temporada, José de Abreu Bianco (PDS-Ji-Paraná) e Tomás Correia (MDB-Porto Velho) *** Era o apogeu da migração rondoniense e o estado já beirava os 600 mil habitantes, onde o grande protagonista da política era o governador Teixeirão.
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POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)
Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br