Ciclone em SC causa estragos e cidades registram ventos de até 100 km/h

28 de julho de 2025 37

Um ciclone extratropical em alto mar vem causando vendavais em diferentes municípios de Santa Catarina desde a manhã desta segunda-feira (28). Em Urupema, na Serra catarinense, a velocidade do vento chegou a 98.4 km/h, de acordo com o monitoramento da Defesa Civil. O alerta para ocorrências como destelhamentos, queda de galhos e árvores e danos na rede elétrica continua, principalmente em cidades litorâneas, até a noite de terça-feira (29).

Conforme a Defesa Civil, outro município que chegou a ter ventos com velocidade próxima aos 100 km/h, foi Siderópolis, no Sul. Na cidade, o vento chegou a 87.8 km/h nas últimas 12 horas.

Na Grande Florianópolis, a cidade de Rancho Queimado também foi atingida, com ventos que ultrapassaram a velocidade de 81 km/h. O monitoramento vem sendo feito desde as 2h desta segunda-feira. Na região, a Defesa Civil também emitiu um alerta para rajadas de vento com intensidade moderada a forte nas próximas três horas.

O alerta também vale para o Planalto Sul, Litoral Sul, Litoral Norte e Vale do Itajaí, onde, assim como na Grande Florianópolis, os ventos podem chegar a 89 km/h. Em Florianópolis, o alerta é especialmente alto para região do Sul da Ilha, com possibilidades de rajas acima de 80 km/h.

Veja as cidades mais atingidas pelo vendaval nas últimas 12 horas

  • Urupema – 98.4 km/h
  • Siderópolis – 87.8 km/h
  • Rancho Queimado – 81.4 km/h
  • Major Gercino – 78.7 km/h
  • Jaraguá do Sul – 73.5 km/h
  • Major Vieira – 68.8 km/h
  • Lages – 68 km/h
  • Curitibanos – 68 km/h
  • Campo Belo do Sul – 67.2 km/h
  • São Bonifácio – 67.1 km/h
  • Vento não é habitual

    De acordo com o meteorologista Caio Guerra, da Defesa Civil, não é possível estimar qual a velocidade habitual do vento nas regiões mais afetadas. Porém, em regiões mais altas, como a Serra, onde ficam localizados municípios como Urupema, ventos com velocidades acima de 50 km/h são comuns.

    Por outro lado, regiões de vale costumam ter vento mais fraco, como no Vale do Itajaí. Por isso, ocorrências como a desta segunda-feira ocorrem de forma mais rara, segundo o meteorologista.

    A condição do tempo também é um fator que influencia na ocorrência de ventos. Com o tempo ensolarado e sem previsão de chuva, como ocorre neste início de semana, os ventos ficam, habitualmente, abaixo de 10 km/h em todo o estado.

    Existe, ainda, parâmetros para interpretar os riscos que os vendavais podem provocar. Segundo o meteorologista, ventos entre 45 e 65km/h apresentam um risco moderado para danos, entre 66 e 89 km/h entra na categoria de risco alto, enquanto acima de 89 km/h apresentam um risco muito alto para danos associados aos ventos.

  •  Vale lembrar que isso é apenas um guia. Um vento acima de 95 km/h em regiões que já ventam muito, como a Serra, não costuma trazer o mesmo risco que ventos nesta mesma intensidade em outras regiões — explicou Guerra.

    Vento provocou estragos

    Em Florianópolis, os ventos provocaram o destelhamento da estrutura da Polícia Militar no bairro Trindade. De acordo com a PM, não houve feridos.

    Em Tubarão e Capivari de Baixo, foram registradas quedas de árvores, de placas publicitárias e danos na rede elétrica. A Avenida Marechal Deodoro, em Tubarão precisou ser interditada, segundo a Defesa Civil.

    Já em Criciúma, não há registros de residências afetadas. Porém, diversas árvores caíram em vias públicas e vários pontos da região registram rompimento do fornecimento de energia elétrica. O Corpo de Bombeiros Militar, empresas de fornecimento de energia elétrica e as Coordenadorias Municipais de Defesa Civil estão realizando cortes preventivos e atendendo as ocorrências com agilidade para garantir a segurança da população.

  • Em Joinville, foram feitos cinco chamados de queda de árvores, danos na rede elétrica em uma zona rural e o Plano de Contingência para Enfrentamento de Desastres (Plancon) foi elevado para nível laranja, assim como em São Bento do Sul, onde foram feitos oito chamados de quedas de árvore com obstrução de via pública.

    Em São Francisco do Sul: ondas fortes no mar danificaram o trapiche central Carneiro de Loyola, que está temporariamente interditado. Um outdoor também caiu na BR-280.

    Veja fotos

     

    Estrutura danificada em Florianópolis Vendaval destelhou a estrutura da Polícia Militar no bairro Trindade em Florianópolis (Foto: PMSC, Divulgação)

    Queda de árvore em Joinville (Foto: Defesa Civil, Divulgação)

    Queda de árvore em São Bento do Sul (Foto: Defesa Civil, Divulgação)

    Trapiche precisou ser interditado em São Francisco do Sul (Foto: Defesa Civil, Divulgação)

    Vacinação é a principal forma de prevençãoMeningite meningocócicaBiofarmacêutica GSK

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    Árvore caiu em cima de caminhão em São Bento do Sul (Foto: Defesa Civil, Divulgação)

    Vendaval destelhou a estrutura da Polícia Militar no bairro Trindade em Florianópolis (Foto: PMSC, Divulgação)

    Segundo a PM, ninguém ficou ferido (Foto: PMSC, Divulgação)

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    Vendaval destelhou a estrutura da Polícia Militar no bairro Trindade em Florianópolis (Foto: PMSC, Divulgação)

    Estrutura danificada em Florianópolis Vendaval destelhou a estrutura da Polícia Militar no bairro Trindade em Florianópolis (Foto: PMSC, Divulgação)

    Queda de árvore em Joinville (Foto: Defesa Civil, Divulgação)

    Recomendações da Defesa Civil

    De acordo com a Defesa Civil, em caso de intensificação dos ventos, é necessário buscar um local abrigado, longe de janelas e de objetos que possam ser arremessados.

  • Além disso, a população deve evitar transitar e se abrigar próximo de árvores, placas, muros e postes de energia.

Fonte: Alexia Elias