Caso Dimas: lesão só seria provocada por introdução de objeto ou violência

Segundo o atestado de óbito de Lívia Gabriele da Silva Matos, que morreu após se relacionar com o jogador Dimas, da base do Corinthians, aponta que ela morreu devido a uma "ruptura de fundo de saco de Douglas com extensão a parede vaginal esquerda".

O local fica na pelve, próxima ao útero. A lesão pode ter provocado o sangramento intenso na jovem de 19 anos.

Segundo Alfredo Pocer, advogado da família de Lívia, “essa ruptura aparentemente numa relação sexual normal não rompe. O que está sendo investigado é se houve violência ou introdução de algum objeto.”

A polícia ainda aguarda os laudos dos exames complementares feitos na vítima para entender qual era o estado dela naquele momento e o que provocou a ruptura mencionada pelo atestado de óbito. 

Dimas, por sua vez, negou ter introduzido algum objeto durante o ato sexual, que usou preservativo e que Livia passou mal e desmaiou quando os dois praticavam a relação pela segunda vez. O jogador chamou o Samu e Lívia foi encaminhada ao hospital. Ela teve duas paradas cardíacas no caminho, uma ao chegar e uma quarta, que a levou a óbito, quando já estava internada.

A polícia ainda vai investigar as imagens de câmeras de segurança e as mensagens trocadas entre a vítima e o jogador. Eles se encontraram no apartamento de Dimas, no Tatuapé, zona leste da capital paulista. Segundo ele conta, a jovem levou cigarros eletrônicos ao seu apartamento, mas que eles não consumiram bebidas alcoólicas.

O pai da estudante, que não quis falar com a imprensa, contou ao advogado que Dimas queria deixar o hospital enquanto a vítima era atendida. O atleta alegou que viajaria naquela mesma noite para encontrar a família em João Pessoa, na Paraíba.

Relembre o caso

A morte ocorreu no apartamento do atleta no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. O jogador contou em depoimento que os dois tinham relações sexuais e, ao perceber que a jovem estava desacordada, ligou para o Samu.

Primeiro encontro

Dimas alegou também em seu depoimento que nunca tinha visto Livia pessoalmente até a última terça-feira. Aquele, segundo o jogador, era o primeiro encontro dos dois, apesar de já conversarem há meses pelas redes sociais.

O jogador afirmou ainda que os dois não haviam consumido bebidas alcoólicas e entorpecentes. No apartamento dele, foram encontradas toalhas e lençóis sujos de sangue. O local vai passar por perícia.

O Sport Club Corinthians Paulista disse em nota que "está ciente dos acontecimentos que envolveram um de seus atletas da base, aguarda a investigação dos fatos e está à disposição para colaborar com as autoridades e as famílias".