Banco Raiffeisen Que Teve US$ 5 Milhões Roubados Em Viracopos Tem Ex-Presidente Preso

O Presidente do Conselho de Administração do banco suíço Raiffeisen, Johannes Rüegg-Stürm, renunciou no dia 8, após a decretação da prisão do ex-presidente-executivo do banco e principal auxiliar de Stürn, Pierin Vincenz, sob acusação de fraude financeira, segundo o site swissinfo.ch. O banco era o dono dos US$ 5 milhões roubados no aeroporto de Viracopos, em Campinas, no domingo, dia 4, segundo reportagem do jornal ACidade ON de Ribeirão Preto. O Raiffeisen Schweiz é a terceira maior instituição financeira da Suíça e está sob investigação da autoridade reguladora do país europeu, a Finma.
O dinheiro roubado estava sendo enviado pelo banco brasileiro Rendimento, especializado em câmbio. A Receita Federal confirmou que o dinheiro tem origem legal e sua saída foi declarada, para o fisco e para o Banco Central. Os dólares foram carregados no Aeroporto Internacional de Guarulhos, chegaram a Viracopos e fariam duas escalas antes de chegar a Zurique, na Suíça. Segundo o jornal, não está claro porque o dinheiro saiu do Brasil para ir ao banco suíço. Segundo a Receita, a transferência usual de divisas é eletrônica. No entanto, às vezes, as instituições que operam com câmbio têm a necessidade de fazer ajuste em espécie, para o fluxo de caixa.
A renúncia do presidente do conselho do banco suíço, ao que parece, não está vinculada ao assalto no Brasil. Segundo a imprensa suíça, a saída se deu para “salvaguardar a credibilidade a longo prazo da Raiffeisen Suíça”, abalada pelos recentes desenvolvimentos do caso Pierin Vincenz, disse a instituição em nota. No dia 3 de março, a Justiça suíça aceitou o pedido do Ministério Público de Zurique e determinou a detenção preventiva de Vinzenz, ex-número um do Raiffeisen, suspeito de má gestão e de tirar proveito do cargo em benefício próprio. O banco também está sendo investigado pela autoridade de supervisão do mercado financeiro (Finma).
Vinzenz, um executivo de sucesso e frequentador das colunas financeiras suíças, renunciou aos cargos de presidente executivo do Raiffeisen, da seguradora Helvetia Group e da empresa de pagamentos eletrônicos Aduno após acusações de ter se aproveitado dos cargos para beneficiar empresas das quais era sócio. Ele teria usado o banco para capitalizar uma empresa de private equity, que investia em pequenos negócios, a Investnet, da qual era dono. O banco suíço chegou a ter 60% do capital da Investnet. A empresa comprava então participações em empresas que pertenciam a Vinzenz. O banco, a seguradora e a empresa de pagamentos acusam Vinzenz de ter enriquecido às custas das companhias.