Aprendizado continuo

21 de julho de 2018 574

 O que distingue o homem do animal é o espírito de curiosidade, o querer saber. Enquanto a besta age apenas por instinto, procurando comida para sobreviver e fazendo sexo para a continuação da espécie, o ser humano é dotado de um desenvolvimento cerebral bem maior, que o deveria levar ao conhecimento do mundo que o circunda para se propiciar um nível de vida sempre melhor no convívio social. Na coluna "Envelhecer e aprender" (Folha, 20/7) Claudia Costin muito apropriadamente releva que a educação não deve ser interrompida com o passar dos anos. Na terceira idade, para ter uma vida digna e significativa, devemos praticar alguma atividade útil e significativa. Seria muito triste envelhecer sem sabedoria, não transmitindo para filhos e netos o legado de nossa experiência de vida, visando superar dificuldades, preconceitos, absurdos existenciais. Talvez seja esta falta de aprendizado continuo que nos induz a cometer os mesmos erros, reelegendo políticos incompetentes ou desonestos.

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Salvatore D' Onofrio 
Dr. pela USP e Professor Titular pela UNESP 
Autor do Dicionário de Cultura Básica (Publit)
Literatura Ocidental e Forma e Sentido do Texto Literário (Ática)
Pensar é preciso e Pesquisando (Editorama)
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