Antônia Fontenelle, Mendigo e Netinho são acusados de LGBTfobia e racismo

A atriz e apresentadora Antônia Fontenelle, o humorista Carlos Silva, do personagem Mendigo, e o cantor baiano Netinho vão ter que se explicar à Justiça, de acordo com reportagem de "O Dia". O Ministério Público de São Paulo aceitou denúncia do suplente de deputado estadual e ativista dos direitos LGBTI+, Agripino Magalhães, contra o trio, que vai responder ao processo criminal de LGBTfobia e de racismo. A pena, segundo a publicação, pode chegar a oito anos de prisão. Magalhães irá comparecer na terça-feira (16) à 15ª Delegacia de São Paulo.
Antônia Fontenelle, nas redes sociais, ao citar a música “Fricote”, de Luiz Caldas, afirmou: "Nega do cabelo duro, que não gosta de pentear... Hoje em dia não se pode falar nada porque 'tudo é racismo', 'tudo ofende' e 'tudo mimimi'". Netinho vai responder sobre uma publicação no Instagram e no Facebook em que diz que “se esse pessoal LGBT não vivesse de acordo com o fiofó, pensando com o fiofó, o Brasil ia ser maravilhoso”.
Já Carlos Silva publicou uma foto de Thammy Miranda e o filho com a seguinte legenda: "Prefiro ser órfão do que ser adotado por uma mulher operada que se passa por homem para ter o privilégio de adotar uma criança". Ele, Antônia Fontenelle e Netinho vão prestar depoimentos nos próximos dias, em datas diferentes.
Ao "O Dia", o advogado do caso, Ângelo Carbone, especialista em crimes contra homofobia e racismo, falou sobre a denúncia: “As pessoas precisam saber que esses tipos de comentários sobre racismos e preconceitos não cabem mais na sociedade. São discursos de ódio e isso é crime. Crime previsto por lei e que pode levar uma pessoa à prisão por oito anos. Nós queremos punição para que isso não se repita entre pessoas famosas e formadoras de opiniões”.