ANIVERSÁRIO, LITERATURA E B.O (O FUÁ DESSE DOMINGO - 10 DE JUNHO)
Parabéns ao amigo e cidadão Paulo Roberto Silva, o Paulo Fuá, que aniversariou no dia 08 desse mês e que receberá homenagens, mimos e paparicos “dos seus,” no domingo dia 10.
Pois bem torcida brasileira, quando se pensava que o país voltaria à normalidade após o protesto dos caminheiros eis que, na calada, a produção literária contratada para produzir o bombástico livro do Paulo Fuá, mexe com o clima de quietude, derruba as bolsas de valores, faz subir o dólar, esvazia o pré sal e abala as estruturas da gentil pátria amada Brasil, ao anunciar o avant première que exibirá uma pequena parte do autobiográfico da delação e deduragem sentimental.
Pelo visto os festejos juninos e a copa do mundo terão seus ibopes desbotados e anêmicos diante da bagaceira provocada pelos efeitos de cada frase, cada revelação, cada foto que, até então, repousam guardadas no mais absoluto e perturbador sigilo, nas três mil e quinhentas páginas (só de texto) do venenoso e enciclopédico volume.
A produção do evento abriu edital para escolher o local que abrigasse a atividade em plano de conforto, merecimento e qualidade de recepção ao púbico convidado do “amado amante.” Porém o biografado optou em fazer o bafafá no Café da Manhã dos Pobres do Caiari na Av. Presidente Dutra (antiga Rua Divisória), fundos Casa da Cultura Ivan Marrocos. Desde que a notícia vazou muita gente sequer, passa por ali.
Um dos moradores do lugar, o economista Dero Neto, pelo que se sabe, botou a casa pra aluguel e, de madrugada debaixo de forte chuva, subiu num caminhão e mudou-se do bairro.
Enfim, os membros da confraria e frequentadores dominicais daquela calçada perderam o sono, se esconderam, viajaram, como é o caso do professor Paulo Santana que refugiou-se com a sua Myriam, numa praia deserta do nordeste, onde não existe televisão e tampouco sinal de “uatzap.” Dizem que lá, ao testemunho da areia, das ondas e gaivotas, a sua amada fará uma forte inquisição pra saber se o “teacher,” n´algum dia dessa life arrastou asas, pertence ou pertenceu ao PF.
Estima-se que corre o risco do rapaz atravessar o oceano à nado, indo aportar em Angola.
Já o sambista Beto Cezar, também espantado com a coisa e temendo pagar percentuais de pensão sobre os seus polpudos direitos autorais, se mandou pro Rio de Janeiro e está sob forte esquema de proteção, lá pelas bandas da Barra da Tijuca.
Por essas e outras tantas é que The Book Of My Life chega às bancas e livrarias com vendagem esgotada e já consagrado como best seller, cujo picante conteúdo mescla o doce e o aroma dos amores com a nitroglicerina das traições, aliadas ao fervor dos amores tórridos.
Na varanda do apart hotel onde mora, Paulo Fuá cônscio, decidido, corajoso e revelador, abriu o peito e expôs o seu relicário sentimental dizendo nome por nome e detalhando tim tim por tim tim dos muitos casos e paixões enquanto, nostálgico, vestido num roupão de veludo e ouvindo “Quem É” na voz de Agnaldo Timóteo e, de olhos marejados, postos ao luar, apreciava saudoso subir a fumaça dum charuto que comprou fiado, no Bar do Pernambuco. Por sinal, o dono do boteco que não ouse mandar a fatura cobrando o nicotinoso, sob pena de constar fartamente do livro (se é que já não consta!)
Os coordenadores do Café da manhã estimam que o centro da cidade será pequeno pra tanta gente neste domingo (10 de junho) e a expectativa maior fica por conta do primeiro pedaço do bolo e o seu agraciado. Façam suas apostas! Para bem acomodar a multidão, o próprio Paulo Fuá disse que as esposas, as outras, as namoradas e as “ex´s” dos seus especiais convidados ficarão do outro lado da calçada, enquanto os “seus” rapazes terão sombra, água fresca e amor, ao seu redor.
Uma certa atual esposa, despeitada e afetada, segundo o Paulo Fuá, fez de tudo pra saber se o seu partner ilustra algum capítulo da obra, mas foi convencida a esperar o livro na fila das bancas da cidade.
Ao término da conversa e se dizendo em expectativa elevada para o evento, Paulo Fuá declarou: “quem viveu sob o macio das plumas não é agora que vai deitar na calçada.” E tem mais, como sempre venho dizendo: “quem é de Fuá, de Fuá será!”
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