Alma e espírito

18 de dezembro de 2019 474

 Transcrevo o trecho final do artigo de Luiz Felipe Pondé  "A revolução cultural cristã " (Folha, 16-12): "se a adesão a elas (religiões) revela uma certa pobreza de espírito, o desprezo para com elas releva uma certa pobreza de alma. Desdenhar das religiões é um atestado de fraqueza intelectual". E aqui vai minha pergunta: como diferenciar o espírito da alma, se os dois termos são sinônimos, ambos ligados à atividade cerebral, evoluindo do nascimento à morte, possibilitando pensar, sentir, amar? A meu ver, fraqueza intelectual é acreditar na imortalidade da alma ou espírito. A religião, como a arte, existe no mundo da fantasia, com a função de autoajuda, tentando aliviar os sofrimentos da realidade cotidiana pela crença na existência de um mundo sobrenatural.

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Salvatore D' Onofrio
Dr. pela USP e Professor Titular pela UNESP
Autor do Dicionário de Cultura Básica (Publit)
Literatura Ocidental e Forma e Sentido do Texto Literário (Ática)
Pensar é preciso e Pesquisando (Editorama)
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